Poucas coisas conseguem debilitar tanto o trabalho e a atenção de alguém quanto o sono. Dormir é uma necessidade básica. Por isso, as horas de descanso são essenciais para garantir a produtividade e, quando não são cumpridas, acarretam uma série de complicações no dia a dia.
“Irritabilidade, déficit de memória e concentração, maior ansiedade e estresse, fadiga, sonolência excessiva diurna”, enumera o neurologista do Instituto do Sono e presidente da Associação Brasileira do Sono, Luciano Ribeiro, que também alerta que a falta de sono “aumenta o risco de acidentes de trânsito e em atividades profissionais de alto risco”, como as exercidas na indústria e em obras no geral.
De acordo com Ribeiro, “a quantidade de sono adequada varia para cada pessoa, de sete a oito horas, quando acordamos bem e assim ficamos durante o dia”, pois “a privação de sono tem repercussões imediatas, no dia seguinte e a longo prazo, sendo fator de risco para doenças físicas e mentais”.
Tampouco adianta dormir mal ao longo dos dias úteis para, no sábado e no domingo, tentar “compensar” a insônia passando horas a fio na cama. “Isso não substitui as horas não dormidas durante a semana”, diz o especialista. “Devemos procurar dormir uma mesma quantidade de tempo todos os dias. ” Ribeiro acrescenta que o popular cafezinho no meio do expediente funciona apenas como paliativo e não dá conta de estimular alguém a trabalhar bem durante toda a jornada.
Por outro lado, uma pausa para dormir antes de voltar ao trabalho pode ajudar bastante. “A soneca de 20 minutos durante o dia, após o almoço, é benéfica”, assegura o neurologista. Se prevenir é o melhor remédio, reservar tempo para recarregar as energias é, da mesma forma, mais eficiente do que tentar enganar o corpo e forçá-lo a produzir estando esgotado.
Fonte: Qualidade de vida, Abilio Diniz.